domingo, 29 de março de 2009

O Carimbó é uma dança indigena tem origem da cultura dos Tupinambás. Tem influencia negra com o batuque vibrante dos atabaques, e o requebrado dos quadris das mulheres. Além de traços da cultura portuguesa como os estalar de dedos e palmas em alguns momentos da dança, há também passos muito parecidos com danças folclóricas lusitana. Entretanto, o carimbó é a miscigenação das 3 principais raças que formam a cultura brasileira.
Nascida na Ilha do Marajó e conservada pelos pescadores, acredita-se que o carimbó foi levado pelos marajoaras pela baía do Guajará e desembarcou na região do salgado, nas belíssimas praias de Algodoal, Marapanim e Curuçá.
Para fazer a marcação da dança, utiliza-se os seguintes instrumentos: dois tambores um grande e outro pequeno chamados de curimbó, flauta, maracás e uma viola cabocla de quatro corda atualmente substituída pelo banjo. O nome carimbó vem da palavra curimbó de origem Tupi-Guarani que significa curi (pau oco) e m’bo (escavado).
A dança começa com os pares em fileiras em que as mulheres ficam de um lado e os homens de outro. Os homens convidam as mulheres para dançar batendo palmas formando a roda. Os casais de dançarinos formam um circulo com sua dança, onde as mulheres giram seguram suas saias rodadas jogando-as em direção a seu par, e ele tende a fugir da saia da parceira.

sábado, 28 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

PAUAPIXUNA
Rui Barata
Uma cantiga de amor se mexendo,
uma tapuia no porto a cantar,
um pedacinho de lua nascendo
uma cachaça de papo pro ar.

Um não sei quê de saudade doendo,
uma saudade sem tempo ou lugar,
uma saudade querendo, querendo,
querendo ir e querendo ficar.

Uma leira, uma esteira,
uma beira de rio,
um cavalo no pasto,
uma égua no cio,
um príncipio de noite,
um caminho um vazio,
uma leira, uma esteira,
uma beira de rio.

E no silêncio uma folha caída,
uma batida de remo a passar,
um candieiro de manga comprida,
um cheiro bom de peixada no ar.

Uma leira, uma esteira,
uma beira de rio,
um cavalo no pasto,
uma égua no cio,
um principio de noite,
um caminho vazio,
uma leira, uma esteira,uma beira de rio.

E o vento espalhado na capoeira,
a lua na cuia do bamburral,
a vaca mugindo lá na porteira,
e o macho fungando lá no curral.

O tempo tem tempo de tempo ser,
o tempo tem tempo de tempo dar,
ao tempo da noite que vai correr,
o tempo do dia que vai chegar.

Um leira, uma esteira,
uma beira de rio,
um cavalo no pasto,
uma égua no cio,
um principio de noite,
um caminho um vazio,
uma leira, uma esteira,
uma beira de rio.
Grava por Fafá de Belém, em disco Polygran, e Paula André,
em disco Continental.Trilha musical de novela.
in PARANATINGA -Alfedro Oliveira -p. 130 e131
- Falangola Editora - Belém - PA - 1984.
Texto e pretexto: experiência de educação contextualizada a parti da
literatura feita por autores paraense / Josebel Akel Fares... et al -
Belém: SEMEC, 1988. p 25, 26 e 27
VOCABULÁRIO
Tapuia -india mansa.
Leira - Suico aberto na terra para receber a semente;
canteiro entre dois regos por onde corre a água.
Bamburral - Vegetação arbustiva que nasce à beira do rios e
só a custo pode ser atravessada, por causa do
emaranhado dos cipós.